Adolfo Luxúria Canibal
Músico, Poeta, Advogado
Adolfo Luxúria Canibal é o pseudónimo artístico de Adolfo Morais de Macedo. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu advocacia nessa cidade e é atualmente consultor jurídico em Braga.
Fundador do grupo rock Mão Morta, de que é vocalista e letrista, criou vários espetáculos de spoken word, em nome próprio, sob a designação Estilhaços ou com o percussionista Krake, e integrou o coletivo francês de música eletrónica Mécanosphère. Tem mais de três dezenas de discos editados, para além de diversas participações com artistas, nacionais e estrangeiros, como vocalista ou letrista convidado. Dinamizou espetáculos de comunidade, como os musicais “Então Ficamos…”, para o encerramento da Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012, ou “Chão”, para o 10.º aniversário da companhia de teatro Comédias do Minho, e concebeu performances várias, com destaque para a neuro-áudio-visual “Câmara Neuronal”, realizada a partir dos sinais elétricos emitidos pelo cérebro, ou a da instalação “The Wall of Pleasure”, inaugurada na Rooster Gallery em Nova Iorque. Participou como ator na série para televisão “O Dragão de Fumo”, em algumas curtas-metragens e peças de teatro como “Eis o Homem!” da companhia Mundo Razoável para o Teatro Carlos Alberto, no Porto.
Concebeu ainda, com o artista plástico João Onofre, o filme de videoarte “S/título (мій голос)”, exibido no festival Curtas de Vila do Conde, e, com a coreógrafa Inês Jacques, o espetáculo de dança “No Fim Era o Frio”, para o festival Guidance. Foi locutor de programas de rádio e é autor de textos para vários jornais e revistas. Publicou, entre outros, os livros de poesia “Rock & Roll”, “Estilhaços”, “Todas as Ruas do Mundo”, “No Fim Era o Frio e Outros Textos de Amor e Solidão” e “No Rasto dos Duendes Eléctricos”, o livro-objeto “Desenho Diacrónico”, com o fotógrafo e artista plástico Fernando Lemos, bem como o livro de crónicas “Garatujos do Minho”, com o fotógrafo Kid Richards. Traduziu ainda Heiner Müller, Isidore Ducasse e Vladimir Maiakovski, de quem foi publicada a recolha “33 Poesias”.