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CONVIDADOS 2021
About This Project

Samuel Úria

Músico

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Nascido no decote da nação, entre o Caramulo e a Estrela, Úria leva para os palcos o blues do Delta do Dão. De lenda rural para lenda urbana, tudo está certo: meio homem-meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole.

Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rock’n’roll e pela estética low-fi, Samuel Úria tem ganho notoriedade desde 2008. Da sua discografia “oficial” em nome próprio, constam quatro LP e dois EP – “Canções do Pós-Guerra – solo (2021); “Canções do Pós-Guerra” (2020); “Marca Atroz” (2018); “Carga de Ombro” (2016); “O Grande Medo do Pequeno Mudo” (2013); e “Nem Lhe Tocava” (2009). Já na “não oficial” e associada à editora FlorCaveira, dois CD-R e um EP-R – “O Caminho Ferroviário Estreito”; “Em Bruto”; e a “Descondecoração de Samuel Úria”. A somar, colaborações nos projetos “Velhas Glórias”, “Ninivitas” ou “Maria Clementina”.

Destacando-se entre os pares pela sua singularidade no uso da língua materna, as suas canções podem ainda ser encontradas no repertório de Ana Bacalhau, Ana Moura, António Zambujo, Cindy Kat, Clã, Cláudia Pascoal, HMB, Marta Hugon ou Miguel Araújo, consagrando-o como o mais interessante cantautor do século XXI.

 

O POSTER DE SAMUEL ÚRIA

O meu antropocentrismo é tão intenso que às vezes me sinto nascido no século XVI. Desisti duma carreira nas artes plásticas quando percebi que teria que desenhar outras coisas que não corpos humanos, outras coisas que não anatomia, gestos, olhos cansados e ranger de dentes. Declarei “Morte à natureza morta!” e desertei.
A presente ilustração não contraria o vício antropocêntrico. O que aqui está não é um cenário alvoroçado por si só, nem objectos estanques em si mesmos. O meu amor por corpos é tão imenso que até lhes desenho a ausência.