Matilde Cunha: “Tento encontrar um ponto de encontro entre formas e cores.”

Tem 23 anos e uma carreira promissora na fotografia. A moda encontrou-a e vai saciando a sua sede de liberdade criativa num jogo de possibilidades entre forma e cor num cenário muitas vezes encenado e surrealista que cativou o júri da nossa Open Call.

Com apenas 23 anos, já tens um portefólio incrível. A fotografia de moda foi um acaso ou era algo que há muito querias?
Desde já obrigada! A fotografia de moda não estava nos meus planos, mas foi surgindo e eu aproveitei. É um género que me dá liberdade criativa e tem muitas vantagens por se poder trabalhar com muitas pessoas de várias áreas.

Salta logo à vista nas tuas produções uma atmosfera peculiar, eu diria que mais…interpretativa. Pode dizer-se que é essa a tua marca?
Não sei ao certo, acho que tenho um pouco de todas as atmosferas, desde a mais natural à mais interpretava. Tudo tem a ver com o que sinto na altura.

Quando estás numa sessão, o que te faz dizer “OK, esta foto está boa”?
Todo um conjunto de coisas, tento encontrar um ponto de encontro entre as formas e as cores, criando assim uma composição que me é apelativa. Construir um diálogo de confiança com a pessoa que estou a retratar é algo fulcral para conseguir criar a imagem final.

Qual foi a inspiração por detrás do teu poster?
O meu poster saiu de um conjunto de imagens que fiz para uma artista, a inspiração partiu de uma atmosfera feminina e íntima e de uma paleta de cores entre o vermelho e o cor-de-rosa.

O que é te motivou a participar?
Já conhecia o projeto há algum tempo e era algo que admirava. Ver posters espalhados por Marvila para que a arte chegue a todos pareceu-me muito pertinente.

O que é que representa para ti esta vitória na Open Call, que mais-valia pode trazer ao teu projeto
Estive presente na inauguração do poster e vi o meu trabalho e de outros muitos bons artistas exposto. É realmente gratificante ver o meu trabalho exposto numa escala maior do que a que estou habituada e na parede.

O teu futuro passa pela moda, ou gostavas de te especializar noutras vertentes?
Honestamente, não sei, mas também não penso muito nisso. Ainda sou nova para ‘fechar portas’, ainda tenho um longo caminha pela frente, de aprendizagem e evolução.

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