Luciano Carneiro
Repórter Fotográfico
Luciano Carneiro foi o poeta do papel impresso, o génio silencioso da Fotografia Brasileira e da Fotorreportagem mundial.
É uma das referências mais expressivas da Fotografia, junto a outro gigante Brasileiro também esquecido durante décadas, Chichico Alkmim, sendo Luciano aquele que viajou pelo planeta para fotografar alguns dos acontecimentos da História que hoje todos recordamos pelas suas reportagens exemplares.
Nascido em Fortaleza em 1926, fez a Faculdade de Direito até ao quarto ano, momento em que inicia a carreira de jornalista nos jornais Correio do Ceará e O Unitário, onde começa a fotografar.
Em 1948, entra para a redação da revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Entre 1947 e o início dos anos 1950, foi correspondente internacional desta mesma revista, realizando reportagens sobre a Guerra da Coreia, a vida no Japão e na Rússia, a África de Albert Schweitzer, o Egipto de Nasser, a Jugoslávia de Tito, a Revolução Cubana de Fidel Castro, entre tantos outros momentos-chave que presenciou e testemunhou com a sua câmara.
É um dos nomes essenciais da Fotorreportagem e do universo editorial, na escola de Cartier-Bresson ou Robert Capa, mas com um olhar completamente revolucionário e singular em termos técnicos e de perceção visual do que encontra e procura.
Piloto, paraquedista e aventureiro pelo mundo que se tinha feito pequeno para o menino Cearense, morre aos 33 anos num desastre de avião no Brasil.
Deixa não só um extraordinário espólio que a própria Time utilizou como referência, hoje na posse do Instituto Moreira Salles, mas também a poesia da verdade, o olhar que nenhuma paisagem marcada pela aridez do Nordeste, agreste, selvagem e moldada pelos elementos, pode vergar.
©Arquivo Instituto Moreira Salles
O POSTER DE LUCIANO CARNEIRO
